Uma vez embaixador... sempre Embaixador do Rei

A primeira vez que eu o vi, foi em uma reunião dos Embaixadores do Rei, em 2002. Ele entrou sério, sentou na cadeira dos fundos, e lá ficou, calado, até passarem a palavra para ele. Com sua voz grossa, ele começou falando que era Presidente da União de Homens da IBPSB. Disse que nunca o deixaram cantar na igreja. Muito sério, disse que cantaria naquele dia, e sem nenhum dom para musica, entoou o Hino do Fluminense.
Os Embaixadores, rindo muito, foram cativados por ele naquele momento, mesmo a maioria sendo flamenguista.
E assim foi a primeira vez que vi Marcos Volotão, que um tempo depois viria a ser Líder dos Embaixadores do Rei.
De 2003 a 2007, eu trabalhei com ele. Não foi o melhor patrão que eu ja tive, mas me ensinou mais coisas do que qualquer pessoa até hoje.
Responsabilidade:
Muitas vezes ele me dava algum objeto para guardar ou tomar conta, como por exemplo, sua câmera. No primeiro mole que eu dava, ele a roubava de mim, escondia, e ficava rindo enquanto eu, agoniado, a procurava por todos os lugares. Muitas vezes ele fez isso, e no final, sempre dizia que eu tinha que ser responsável.
Toda vez que ele convidava o um grupo de garotos da Embaixada para ir na sua casa de praia, juntamente com sua família, independente de quem fosse que fizesse alguma besteira, a responsabilidade era minha, por ser o mais velho.

Por muito tempo, os bons e maus conselhos vieram desse sujeito. Quantas vezes ele contava a historia de eu indo entregar um bombom para uma menina que trabalhava com a gente. Ele praticamente me obrigou a ir lá, falar com ela.
Quantas vezes ele brigou comigo, por alguma coisa que eu tenha feito errado. Como por exemplo, o dia que eu cheguei atrasado, ou o dia que eu deixei de fazer algo que ele me pediu. Mas vou sentir falta desse velho peidão, reclamando que eu sou muito lerdo, ou dizendo que precisa tirar férias.
Confesso que eu reclamava dele, pelo tipo de zuação que ele fazia comigo, como por exemplo, contar os meus micos para todo mundo, ou por atrasar diversas vezes o pagamento, ou ser duro demais comigo em certos momentos, mas, esse era o Marcão.
A ultima vez que falei com ele, foi com um ar de indignação com o que fizeram com ele na IBPSB. Em um culto de matutino, em que ele falava dos projetos do GAE, a pessoa que filmava o culto para uma transmissão via internet, não o focalizou com a câmera, mostrando apenas a tela do Data Show, colocando onde ele deveria aparecer, a pessoa que traduzia para linguagem de sinais tudo o que ele dizia.
Eu o avisei a respeito disso e mais tarde, ele veio a mim e a minha namorada e brincando disse que ela tinha mal gosto.
Esse tipo de comentário era bem típico dele.
Não venho aqui dizer que ele era um bom sujeito, por que todo mundo depois que morre vira bonzinho. Mas venho aqui expressar o quão importante esse cara foi pra mim. Um amigo, irmão, um pai e acima de tudo, um sujeito que se importava com as pessoas.

Achei um e-mail dele aqui, que ele me mandou há muito tempo, de uma palavra que ele iria dar em algum lugar. Ele pediu para eu imprimir, e acho que as pessoas deveriam ler.

"Todos nós passamos por grandes tempestades na vida.
Mateus 14: 12-33
Todos nós passamos por grandes tempestades na vida. As tempestades nos apanham de surpresa. Os discípulos de Jesus entraram no barco por ordem de Jesus. E mesmo obedecendo a Jesus eles foram colhidos por uma tempestade assoladora. Durante toda uma noite eles remaram, mas o barco estava no centro do perigo, ameaçado de naufragar. E no momento mais angustiante, quando as esperanças estavam se esvaindo, as forças exauridas, acabadas, Jesus apareceu para encontrar-se com eles.
Jesus sempre vem ao nosso encontro na hora da nossa tempestade. Quando as nossas forças parecem estar minadas, a nossa esperança esgotada, quando a noite está mais escura e mais trevosa. Nesta hora Jesus aparece para nos socorrer. Ele vem ao nosso encontro. Ainda que na quarta vigília da noite. Na hora mais escura, mais tenebrosa – quando o problema nos encurrala, quando as aflições nos cercam, quando a doença chega, quando o desespero ao nosso derredor grita, tentando nos sufocar e nos afundar. Nesta hora Jesus vem ao nosso encontro. E o que ele vem fazer?
Em primeiro lugar, Ele vem para acalmar o nosso próprio coração. Jesus disse para os discípulos: "tende bom ânimo, Sou Eu. Não tenham medo". É interessante ver que antes de acalmar o mar, Jesus acalmou os discípulos. Porque a tempestade que estava dentro deles era maior do que a tempestade que estava fora deles. Isto significa que, às vezes, o nosso problema não é a circunstância, é o nosso sentimento. Às vezes o maior problema que enfrentamos não são as circunstâncias que nos cercam, mas o sentimento que nutrimos na alma. Não adianta acalmar o mar, sem acalmar o coração. Não adianta acalmar as circunstâncias sem acalmar os sentimentos. Então quando Jesus vem ao nosso encontro, ele vem primeiro para acalmar, apaziguar a tempestade do seu coração, Ele vem para sossegar o vendaval de temores que assola o seu peito e que é maior que as ondas tempestuosas que estão do lado de fora de nós varrendo o barquinho da nossa existência.
Mas em segundo lugar, diz a Palavra que quando Jesus vem nos socorrer nas tempestades da vida, Ele vem para nos mostrar que Ele é Soberano. Diz a Bíblia que quando Jesus foi salvar os discípulos Ele veio andando sobre o mar. E isso tem duas lições para nós: Primeira lição é que o livro de Naum nos informa que "Deus faz o seu caminho na tormenta, na tempestade" (Na 1:3). Sabe o que significa isso? Que muitas vezes o problema que você está vivendo é o caminho de acesso que Jesus encontra para chegar na sua vida. Muitas vezes Deus entra pela porta do sofrimento na nossa própria vida. ele faz o seu caminho na tormenta. A segunda lição: é que o mar, as ondas, o mar revolto era exatamente aquilo que conspirava contra os discípulos, ameaçava e metia medo nos discípulos. E quando Jesus vem andando sobre o mar ele está dizendo o seguinte: "aquilo que aflige vocês, aquilo que ameaça vocês, aquilo que mete medo em vocês, aquilo que conspira contra vocês, está literalmente debaixo dos meus pés. Eu tenho total controle e domínio sobre aquilo que aflige, intriga, ameaça vocês".
De modo que quando Jesus vem ao seu encontro nas tempestades, Ele vem para lhe dizer que todos os ventos tempestuosos, que todas as ondas devastadoras que conspiram contra a nossa vida estão debaixo dos seus pés. Ele vem para nos mostrar que o seu problema, aquilo que ameaça você, aquilo que você não consegue resolver, aquilo que você já lutou, se esforçou, já suou a camisa, e com toda determinação não conseguiu resolver..., todos esses vendavais de problemas estão debaixo do controle soberano de Deus. Eu não sei qual é o problema que aflige a sua alma nesta hora, mas uma coisa eu lhe posso garantir que Jesus sabe que problema é esse e Ele é maior que esse problema. E que este problema está debaixo dos pés de Jesus Cristo.
Em terceiro lugar, o que Jesus vem fazer, quando Ele vem nos socorrer nas tempestades da vida? Ele vem para levantar o caído. Pedro vendo Jesus, num arroubo de entusiasmo, pede para ir até Ele andando por sobre as águas. E de um salto, pula do barco e anda sobre as águas, mas tendo medo afundou. Mas diz o texto que neste momento de fraqueza de Pedro, Jesus tomou-o pela mão e o socorreu.
Quem sabe, querido leitor, esta não seja a sua situação? Você está sendo tragado pelas águas traiçoeiras e borrascosas das dificuldades, mas saiba, que Jesus vem ao nosso encontro para levantar o caído, vem para estender a mão àquele que está afundando. Como Ele levantou Pedro que naufragava também Ele levanta você..., também Ele põe você de pé.
Mas em quarto lugar, depois que Jesus tira você das gargantas do mar feroz, diz a Palavra que Ele acalma a tempestade, ele acalma as circunstâncias, Ele traz bonança para a sua vida e para a sua alma.
A Bíblia diz que a tempestade não vai durar a vida inteira. Que o choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã. Deixa eu dizer uma coisa consoladora: se você está vivendo um momento de problema muito grande, você está perto de experimentar um tempo de grande bonança. Porque quando você vê um vale muito profundo, logo aqui está o começo de uma grande montanha. A bonança virá. O Senhor vem ao seu encontro para acalmar o vendaval da sua vida.
Que Deus continue abençoar a sua vida e de sua maravilhosa família!"


Você vai fazer falta,