quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Juro solenemente não fazer nada de bom!


ATENÇÃO - CONTÉM SPOILERS!!!!
O que acontece quando você acorda de manhã e descobre que se passaram 10 anos?
Parece que foi ontem que eu, ainda estudando na Jair Tavares, fui avisado que quem entrasse para equipe da Radio da escola, ganharia um exemplar de um dos livros mais falados daquele ano.
Corri e me inscrevi, mesmo sem fazer ideia do que iria fazer. No mesmo dia, eu vim andando da escola, desviando "Like a Boss" dos carros na rua, lendo "A Pedra Filosofal".
Dez anos se passaram, desde que isso aconteceu. Dez anos se passaram, desde que eu me interessei por um livro pela primeira vez na vida.
Não quero chover no molhado, muitas pessoas já falaram bastante sobre esse assunto, mas eu tinha que falar a respeito do fim de um marco na minha vida, no fim de uma era...

Quando eu iniciei a leitura da serie de livros do Harry Potter, muitas pessoas me olhavam com cara feia, dizendo que era um livro que trata de bruxaria, entre outras coisas ruins, mas o que eu poderia fazer, o livro era realmente mágico, de uma simplicidade impressionante,  que prendia o leitor até a ultima página, num suspense impressionante.
Até hoje, tenho amizades que se se iniciaram ou se desenvolveram devido ao fato de eu gostar tanto dos livros quanto dos filmes.

Vamos iniciar pelo meu grande amigo Saulo.
Eramos 4 amigos, Saulo, Hermes, Eu e Rafael. Nós eramos, Os Marotos. Não tinhamos um mapa, mas tinhamos a inteligência, e tinhamos os apelidos.
Saulo era chamado de Remo Lupin ou Aluado, Hermes era James Potter ou Pontas. Eu era chamado por eles de Sirius Black ou Almofadinhas, e nosso amigo Rafael Pecin era apelidado de Pedro Pettigrew, ou Rabicho.
E como no livro, Rabicho nos traiu. ao nos formarmos, ele deixou de falar com a gente. Logo em seguida, Pontas não apareceu mais, só sobrou Aluado e Almofadinhas como amigos.
E dividimos grandes momentos, como os encontros somente na Lua cheia, em que os Marotos se encontravam para andar pela noite sem rumo, comendo Hamburguer de 6 carnes e navegar na internet a procura de alguma vitima nas salad de Batepapo do UOL. Bons tempos! rs

Depois de alguns anos, lá para 2004, me lembro bem, dentro de uma vã. indo fazer um treinamento no corpo de bombeirso em Paracambi, quando ela entrou, e se sentou bem na minha frente. Já havia visto-a algumas vezes, sabia que ela era irmã de um amigo meu, mas nao imaginava que fosse tão bonita assim, de perto. Meio acanhado, começamos a conversar, e logo chegamos a um assunto em comum... Harry Potter!
Seu nome, Renata Rodrigues. Fantástica, sorriso encantador, os brilho e a beleza de Galadriel, seu cabelos cacheados iam até as costas. Conversamos o dia inteiro, falamos sobre teorias a respeito do final, isso antes mesmo de sair o quinto livro.
Foi incrível. Nossa amizade hoje é muito forte, não tenho palavras para descrever meu carinho por ela, meu amor por ela. Um sentimento tão poderoso e forte, como o amor de irmãos.

Já essa minha outra amizade, que teve inicio em parte por causa do Harry Potter, começou por causa de um filme chamado Donnie Darko, mas se solidificou mesmo quando descobrimos tantas  coisas que tinhamos em comum, inclusive HP.
Foi falando sobre os feitiços que viramos a noite conversando. Foi falando sobre como Sirius Black era absurdamente genial ao fugir sozinho de Azkaban, que passamos horas nas chamadas de video do msn.
Karla  "Layle" Chuck, como eu a conheci, é fantastica. Extremamente tímida, me contagiou com seu sotaque "paulisssta", suas girias lovaiorquinas e sua beleza impressionante.
Hoje, eu sou muito mais feliz, por ter atravessado a famosa plataforma 9 3/4. Por ter lido a Pedra Filosofal no horario do recreio com meu amigo Remo dizendo:
Quando chegar ao Beco Diagonal, feche os olhos  que você saberá como é estar lá. E ao fazer isso, ouvi vozes dos alunos no pátio e me transportei para dentro do livro.
Fico feliz de ter dado R$ 53,00 no "A Ordem Da Fênix" assim que ele foi lançado, retirando assim, boa parte do meu salário de zelador. Fico feliz de ter matado o Basilisco, tomado a Poção Polissuco, ter me escondido embaixo da Capa de Invisibilidade, ter visto o que eu queria no Espelho de Ojesed, ter voado com Bicuço, ter lutado pela minha alma contra os Dementadores, ter beijado a Cho Chang, ter me sujado com o pus de Escrofunária, ter comido Gueurricho, Feijõezinhos de todos os sabores, bebido Felix Felicis, Cerveja Amanteigada, ter flertado com a Murta-Que-Geme, ter desviado das Bombas-de- Bosta do Pirraça...
Mas também chorei com  Morte de Snape, e seu amor incondicional por Lilian Potter, a morte de Dubledore, como uma forma de proteger justamente quem fora incumbido de matá-lo, chorei com Sirius Black atravessando o véu, ou Dobby, Remo Lupin e Nimphadora Thonks, Fred Weasley... até mesmo Aragogue...

E neste ano, chega ao fim, a franquia de filmes mais bem sucedida baseada em livros, nesse ano assistiremos o último filme da séria. Sairemos do cinema sem aquela sensação boa de que ano que vem  tem mais. Nunca mais iremos ao cinema para assistir Harry Potter, como nesses últimos dez anos. A série da minha adolescência chega ao fim, Um divisor de águas. Mal visto por muitos, muito importante para outros, esse ano, após dez anos, se despede, nos deixando orfãos como o bruxinho de cicatriz na testa.


Mal feito, feito!

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