Workando...

É tão bom quando as coisas mudam. Principalmente quando é para melhor. Eu mudei de emprego. Agora trabalho no centro do Rio de Janeiro. Trabalhar no centro é muito interessante.
Mas, normalmente, o c.aminho até o centro é tão interessante quanto. Eu, normalmente acordo em cedo quando vou trabalhar, pego logo no centro de Campo Grande um ônibus que me faz ter recordações de minhas vidas passadas na Era do Gelo.
O Frescão, como todos o chamam deveria ser chamado de Freezer... Ao redor dos passageiros, estalagnites e estalagtites de gelo brotam deixando o ambiente mais frio.
Logo que entramos, passageiros friorentos tiram fitas crepes de suas mochilas e bolsas, destacam um pedaço e tampam as passagens de ar frio que resfriam o ônibus, ao invés de falarem com o motorista para diminuir o ar frio.
Depois de duas horas e meia dormindo confortavelmente em um tipo de cadeira que me lembra a minha cama, de tão fofa, eu acordo no centro do Rio, cercada de gente sonolenta, bocejadoura e levemente desorientada, que falam o minimo possivel para não perfumar o ambiente com seu mau halito de quem passou duas horas e meia hibernando.
O centro do Rio nos mostra uma variedade de pessoas absurda. Não é o centro de São Paulo, lugar que eu apenas ouvi falar, mas tem bastante gente indo e vindo.
No escritorio, o primeiro a chegar é o mais velho, que com seu humor digno de Dr. House já preparou o café e em poucas palavras diz que hoje é dia de visita do grindo que é praticamente o chefe.
Logo meus companheiros chegam, zuando em tom ironico, zombando um dos outros e falando sobre as frivolidades da semana.
Comentam sobre as coisas que não gostam, falam do que gostam, trabalham, estudam...
É interessante conhecer esse novo mundo, onde precisamos saber dosar as brincadeiras. Ser muito serio é extremamente ruim, brincalhão de mais é prejudicial. Aos poucos, eu, sendo um louco, me acostumo a viver dessa forma, como uma pessoa normal. Como um lobo em pele de cordeiro, vou vivendo meus dias, tentando não demonstrar minhas fraquesas, buscando amadurecer, mas, sem perder minha excencia.
Sim, eu sou doido. Não me incomodo com que as pessoas achem isso de mim. Gente normal não me atrai.
Vamos ver até onde vamos... Espero que não me descubram!